por Amanda Marconi

Duas semanas de integração entre o grupo Quiloa e as Nações de Maracatu Porto Rico e Encanto do Pina (ambas de Recife). Este foi o resultado obtido com a visita dos mestres Shacon Viana e Joana D’arc, que estiveram em Santos nos últimos dias.

Participaram das aulas integrantes do Quiloa, bem como alunos das oficinas de iniciação. Durante os ciclos, Mestre Shacon transmitiu diversas formas de executar a ‘viração’ do baque de Porto Rico, com variações de yan e biancó marcado. Além disso, passou dicas aos aprendizes e explicou como é o processo de ‘formação’ na oficina de sua Nação.

Durante o período de integração, o Mestre contou com a ajuda do auxiliar Rumenig da Silva Dantas, batuqueiro de Porto Rico há 18 anos. Para ele, estar ajudando nas aulas é uma forma de ganhar experiência e também observar como é executado o maracatu fora do Estado de Pernambuco.

“Eu não achava que a manifestação fosse tão forte por aqui. Tem muita gente aprendendo e tocando o baque, como exemplo do Quiloa, grupo que me dediquei ao máximo nas oficinas, por me identificar e também pela força de vontade de seus integrantes”, conclui Rumenig.

Já Mestra Joana ministrou aulas do instrumento Agbê durante as últimas semanas. De acordo com a batuqueira do Quiloa, Annelise Alonso, os ciclos foram bastante produtivos. “A Mestra nos ensinou coreografias novas, corrigiu nossa postura, fez exercícios para a parte dos quadris, além de incentivar a criação de novos passos”.