A cultura popular vai ganhar força na próxima quarta-feira, dia 22, com a união dos maracatus de Santos e Recife, em comemoração ao Dia Nacional do Folclore. A apresentação ocupa a Praça Mauá (Centro Histórico), a partir do meio-dia, com a participação do grupo santista Quiloa, além dos representantes recifenses Shacon Viana (Nação do Maracatu Porto Rico – PE) e Joana D’Arc (Nação Encanto do Pina – PE).

O som contagiante dos tambores e outros instrumentos típicos, como gonguê, caixa, tarol e agbês, aliado ao canto e a dança, vão mostrar ao público a essência de uma manifestação originalmente pernambucana: o maracatu. O ritmo vai ganhar vida com os instrumentistas do grupo Quiloa, coordenados por Felipe Romano e pelos mestres de Recife.

Formado por percussão que acompanha um ‘cortejo real’, esta expressão é uma mistura das culturas indígena, africana e européia, surgida em meados do século 18. Alguns historiadores afirmam que o maracatu nasceu nos terreiros de candomblé, quando os escravos reconstituíam a coroação do reis do Congo. Com o advento da abolição da escravatura, este ritual ganhou as ruas, tornando-se um folguedo carnavalesco e folclórico.

O Quiloa, primeiro grupo do gênero na Baixada Santista, foi fundado em 5 de outubro de 2003 e mantém uma forte relação com a Nação Porto Rico (PE). Através deste constante intercâmbio, o grupo santista pode ser considerado um representante paulista da cultura pernambucana, promovendo oficinas e exibições anuais, com o intuito de fortalecer a cultura popular.